Viagem ao México – passeio para Chichen-Itza e visita ao cenote Ik-Kil

Um dia da viagem ao México foi reservado para o passeio ao centro arqueológico de Chichen-Itza, que pelo que vimos é o mais bem conservado monumento Maia.

Reservamos o passeio para o dia 07-12-2015 saindo de Playa del Carmen com a Easy Tours por 50 dólares por pessoa (pechinchando bastante), que nos pegou no hotel com meia hora de atraso. Se avisassem o horário certo, poderíamos ter dormido mais ou ido até a agência, que ficava a apenas duas quadras de distância.

Fomos até Tulum com uma van e de lá fomos transferidos para um ônibus, com o pára-brisa quebrado. Parece que no México eles não ligam muito pra isso:

para_brisa

Uma pausa na história para duas dicas importantíssimas ao fazer tours pela riviera Maia:

1. Muitos pensam no clima quente o ano todo e não colocam isso na bagagem: LEVEM BLUSA. Os operadores dos tours querem fazer de você um picolé de gente e não mudam a temperatura do ar condicionado nem implorando. Não importa a empresa, todas as que fomos (Xcaret incluída) queriam nos congelar no transporte.

2. Ao sair do litoral mexicano e adentrar o continente, a moeda mais forte é o peso. A cotação em Cozumel e Playa del Carmen girava em torno de 16 pesos para 1 dolar. Já em Tulum/Chichen-Itza, a mesma ficava entre 10 e 13 pesos para 1 dólar.

Continuando:

A primeira parada (após duas horas e meia de viagem) do passeio foi no cenote Ik-Kil. Cenotes são grandes lagoas naturais que podem ter diversas formas (cilíndrica, como um poço, no nível do terreno, como uma piscina, dentro de (ou formando) cavernas, entre outros). O Ik-Kil é um cenote cilíndrico, e o escolhido entre os mais de 2000 (a quantidade ouvimos do guia) na região para sediar o Red Bull Cliff Jump, um campeonato de saltos ornamentais. E com razão. O lugar é lindo!

Fomos informados do tempo para ficar no local (em torno de uma hora) e apresentados aos serviços disponíveis. Existem coletes e armários por 30 pesos cada (ou 2,5 dólares). Caso não queira usar nenhum serviço, basta se trocar e descer. As escadarias são muito bem feitas e bonitas, e a vista tanto de cima quanto de baixo é fenomenal. Um dos cenote mais lindos que vimos.

Lá embaixo há uma plataforma para quem deseja saltar, e se você não tem o espírito aventureiro pode cair na água do nível “térreo” ou descer pela escadinha. O lugar é bem sinalizado e existem funcionários do local para apoiar em caso de dúvida.

A água doce é transparente como todas da região, a temperatura é agradável e existem pequenos peixes pretos vivendo neste cenote.

Fiz alguns saltos, nadamos um pouco e partimos para o próximo passeio. A vontade era passar uma tarde ali, de tão revigorante que era o lugar, mas havia a vontade de ver o sítio arqueológico.

A próxima parada foi para almoçar, no restaurante de um hotel bem próximo (não ficamos nem 10 minutos no trajeto). O almoço tinha poucas opções mas estava bem preparado, e durante a refeição havia uma mostra de dança local, com gorjetas opcionais para os dançarinos e para os garçons. O almoço estava incluído no pacote. Bebidas não. Como não costumamos beber nada durante a refeição, só ficou a gorjeta.

Finalmente, lá pelas 14 e pouco (de novo, não são nem 10 minutos de trajeto), chegamos ao sítio arqueológico de Chichen-Itza. O lugar é bem estruturado e há bastantes serviços disponíveis. O Guia nos deu dois ingressos diferentes por pessoa (?) e entramos.

A primeira impressão do local é que cruzaram a Vinte e Cinco de Março com o sítio arqueológico. Há barracas espalhadas por todo o local que os turistas passam e vendedores tentando chamar a atenção (sem serem intrometidos, se você ignorar eles não insistem) com frases do tipo “one dollar!“, “it’s almost free!“, “aquí es económico!“, entre outras. O pessoal é bem simpático, principalmente quando descobrem (ou você fala) que é do Brasil. Fazem até um desconto instantâneo não solicitado, já que os preços inicialmente são para americanos. Compadecidos da situação atual do nosso país, nos oferecem um”presente” para nossa presidenta: um punhal de Obsidiana.

Chichen(1)

Finalmente chegamos a tão famosa pirâmide de Chichen-Itza. Ela é realmente imponente, magnífica e, de longe, a mais bem-conservada. Começamos a ouvir a explicação do guia de que o sítio todo era sagrado é utilizado para rituais mas, ao contrário de todas as explicações que tínhamos ouvido até agora, esta estava chata e vagarosa. O guia nos deu uma hora e quarenta e cinco minutos para voltar ao ônibus e fomos explorar o local. Além da pirâmide principal, existem várias pirâmides menores, um observatório, o maior campo de pelota que vimos na viagem (devia ser o estádio da copa do mundo de jogo de pelota. Tomara que os Maias não tenham superfaturado a obra) e algumas pedras com inscrições bem mais conservadas que as de Cobá. Ah, diferente de Cobá, aqui é possível fazer tudo a pé dentro do tempo dado pelos guias. Não existem outros meios de transporte como lá, onde a bicicleta ou o “taxi” sao praticamente essenciais.

Em resumo, há bastante coisa para ver e o tempo é bem curto se você quiser curtir bem o local. Se parar para olhar lembrancinhas, o tempo fica mais curto ainda, mas é um ótimo lugar para comprar algo (em pesos, claro). Gerenciamos da melhor maneira que pudemos e chegamos no ônibus a tempo. Caiu uma chuva no final da tarde. Se a visita for no final do ano (a nossa foi no começo de dezembro), levem guarda-chuva.

A última parada é na cidade de Valladolid. O cansaço era grande e quase não descemos nesta, mas o que dá pra explorar no tempo oferecido é a praça central, onde existem algumas comidas regionais e algumas “tiendas” para comprar presentes e comida.

A viagem de volta leva em torno de 3 horas até Playa del Carmen. Quem estiver hospedado em Cancun sofrerá um pouco até poder descansar no hotel.

Esse foi o dia de Chicen Itza. Um lugar especial e que, com certeza, vale a visita.

Até a próxima!

Viagem ao México – passeio para Chichen-Itza e visita ao cenote Ik-Kil